segunda-feira, 24 de agosto de 2009

azul verde



rastejam animais sem forma
no declive viscoso da realidade
mudam de pele rasgando as entranhas
azuis verdes de sangue
deslizam em oníricas danças
no chão dos salões que construímos
dos restos destroçados de antigas casas
azuis verdes de ilusão

na barra oscilante entre o sono e o sonho
há rios secos
leitos áridos do nosso olhar de sempre
azul verde


foto de B Berenika

15 comentários:

  1. Intenso e onírico, Mariab. Como é do feitio de sua boa poesia.

    Belíssima imagem como acompanhamento.
    Adorei!

    Beijos :)
    H.F.

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  2. Ah que nossos olhos nunca sejam rios
    secos e nus!
    Antes a lágrima que o vazio.

    Um beijo

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  3. Mariab...

    Assim é o reverso da festa, uma luz gelada, corpos disformes, rastejantes, uma luz gelada que fixa os recortes da vertigem...


    Beijos!
    AL

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  4. rastejam restos

    facas pregos pragas

    rastejam

    pedaços de lua

    feita balão

    es vaziada





    beijo




    ~

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  5. haverá então que expurgar o azul verde das impurezas que o maculam. porventura...

    beijo

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  6. Haverá sempre animais sem forma, azuis, verdes,nas nossas vida e nunca entenderemos se é sonho ou realidade. Ub Graça

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  7. Percebo a descrição.
    Abomino essa gente.

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  8. Mas que bela poesia, Mariab...
    E o olhar, sinuoso como o rio que vai fluindo, as vezes seco, as vezes azul verde e como todo o resto dança uma doce ilusão sonora...
    Abraços

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  9. O azul verde do mar. O azul verde da esperança.
    Muito belo.
    Beijos.

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  10. belo poema, num ambiente de sombras e tons, verdadeiramente «onírico».

    bjo.

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  11. Oi Mariab, cheguei ao seu blog através do Maria Clara Simplesmente poesia do qual faço parte a convite da Hercília Fernandes. Gostei muito do seu espaço poético. Suas poesias são belas , de um lirismo intenso e bem versejado. Vou linkar seu endereço em meu espaço Sempre Poesia. Um abraço.

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  12. belos poemas excelentemente sublinhados pelas imagens...



    que o regresso de férias seja bom.

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  13. Cara Mariab
    Tens lá um prémio
    Beijinho
    :)))

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  14. Troquei as voltas a um Golfinho feliz
    Afagei a cria de uma Baleia azul
    Confundi uma nuvem com ilha encantada
    Perdi-me na rota entre o Norte e o Sul

    Aprisionei o olhar de uma gaivota
    Enchi a alma com penas de imensa leveza
    Enchi o coração de doce maresia
    Adormeci nos braços da incerteza

    Vem viajar comigo no meu barco de papel


    Bom domingo

    Doce beijo

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  15. rastejam animais sem forma
    no declive viscoso da realidade


    Gostei imenso da forma como se exprime e transmite as suas ideias! :) Parabéns pelo blog! Gostei, especialmente deste verso.

    Atenciosamente,
    Carlos Leite, http://opintordesonhos.blogspot.com

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