sábado, 18 de abril de 2009

este líquido corpo



Aqui está minha herança – este mar solitário
Que de um lado era amor e, do outro, esquecimento

Cecília Meireles, excerto de “Apresentação”


porque sou toda esta água
lançada entre altas terras continentes de ilusão
todo este líquido corpo
que se perde na voragem das margens da tua mão

quando secarem os rios que me alimentam a vida
ser-te-ei lembrança ausente – ponto fixo
luz perdida


foto de Chuck Gordon

13 comentários:

  1. lindíssimo este cruzamento quase telúrico entre elementos primordiais...

    beijinho,

    véu de maya

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  2. Mas lembrança... marcante por certo!

    bjs

    :))

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  3. vida que nasce da água é luz nos rios do tempo.

    profundo!

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  4. Quando todos os rios do mundo nos nascem no olhar...
    Beijos.

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  5. Sentidas palavras...encontrei aqui!

    Tenha uma semana repleta de dádivas.
    Deixo um beijo carinhoso

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  6. Haverá algures uma nascente para o rio que desaguas em mim!...


    Beijos...

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  7. Somos feitos de água, é bem verdade!
    E luz!

    Beijinho

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  8. imagens de uma força poética deslumbrante...

    recolho "voragem das margens", "líquido corpo", "luz perdida"...

    porém o poema é mais que isso - é o jogo de emoções em que o "sujeito poético" se despenha. na voragem das palavras

    belíssimo.

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  9. E mesmo na perdição dos sentidos, o espectro da vida.

    Um carinho, Mariab.
    Continuemos...

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  10. que sim

    o corpo a alma e o amor que os une

    liquida

    mente,




    beijo






    ~

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  11. "Este líquido corpo" com alma que a matéria engendra...

    um beijinho

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  12. magnifico este ponto....fixo. mas esvoaçante.



    belíssimo.

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  13. Continuo fã e freguês das suas metáforas poéticas, prezada amiga.
    Um beijo!

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