quarta-feira, 27 de maio de 2009

sem transcendência


nos dias em que os pássaros não voam
o sol é um disco laranja
sem transcendência
prendemos olhares na cortina das águas
soltamos longos uivos de silêncio
adormecemos o dia
no sonho inútil da sombra de uma asa.


foto de Assunta

16 comentários:

  1. que te seja acolhedora. a asa do(s) sonho(s).

    belíssimo.

    beijos

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  2. Que voem os dias e as asas se desprendam devolvendo som aos silêncios; que da treva dos olhares se desprendam águas onde os pássaros vão beber o calor do sol que os faça voar.

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  3. belo...belo...belo!


    sim!



    .piano.

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  4. embora sempre seja

    em tons de verde

    ( a cor da

    cortina,




    beijo




    ~

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  5. O final é de uma beleza arrepiante!

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  6. O voo dos pássaros é inspirador.
    Mas sem ele, o seu poema foi inspirado.

    Bjs

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  7. No sonho in+util da sombra de uma asa... Até decorei. Muito bom Mariab
    beijinhos e aparece quando puderes que o branquinho gosta das visitas, sabias?

    :))

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  8. Você é uma mestra na arte da criação imagética, Mariab. Deixa-nos a ver o muito que há no além do puramente visível.

    Um carinho de sempre.
    Sigamos...

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  9. gosto desse teu modo bonito de escrever. Gosto daqui.
    Maurizio

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  10. Amei o teu Blog!
    Uma mistura de mistério, romance e misticidade.
    Li e fiquei por aqui, espero que goste do meu Blog e também fique,pois ele está sendo feito como uma colcha de retalhos,ele é feito de pessoas como você,sensivel e inteligênte.
    Um abraço
    Gemária Sampaio

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  11. Mariab

    ... e nesses dias
    somos um fundo vazio
    de silenciosa brancura.
    Habitamos o ventre da sombra,
    esperando que os pássaros voem
    os sentidos acordem
    os lábios humedeçam
    até que o sonho renasça
    debaixo de uma asa..


    Um beijo meu!

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  12. Olá Maria estou visitando e quero registrar minha satisfação ao passar aqui. Fica minha gratidão por sua amizade e atenção. Tudo isto nos fortalece e aproxima. Quem segue acompanhado de um amigo com certeza vai mais longe, bem além... Saiba que gostei muito deste trabalho. Realizado com muita Inteligência e excelente qualidade, parabéns pela maravilha do tema postado, uma preciosidade, gostei, meu reconhecimento e votos de muito sucesso e brilho. Honrado por sua amizade, espero por sua visita.
    Quero compartilhar com você o poema abaixo do nosso imortal Vinícius de Moraes:
    “Certas palavras podem dizer muitas coisas;
    Certos olhares podem valer mais do que mil palavras;
    Certos momentos nos fazem esquecer que existe um mundo lá fora;
    Certos gestos, parecem sinais guiando-nos pelo caminho;
    Certos toques parecem estremecer todo nosso coração;
    Certos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais,
    Assim como você que deixarão belas lembranças para todo o sempre. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.”
    Desejo um fim de semana repleto de alegrias extensivo aos familiares. Forte abraço, paz, luz, saúde, prosperidade e muitas bênçãos. Fique com Deus. Felicidades.
    Valdemir Reis

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  13. "No dia em que os pássaros não voam" é como se os sonhos também não tivessem asas. Um belo poema. Beijos.

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  14. "o sol é um disco laranja", silencioso e ardente...

    um beijo e obrigada pelos comentários!

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  15. Todos os dias de voar aqui.

    Muito, muito bom.

    Beijos, Mariab.

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  16. Nos dias em que os versos são silêncios. Os nós inquietam-nos demais os passos e todas as vertigens são marés de nos pesar as mãos. Deixamos que cada segundo se transforme num tempo infinito e pesa-nos a alma sobre o leito. Que às vezes se torna próximo demais da morte. E cada corrente em fortes braçadas aprisionam as saudades e a libertação percorre uma longa viagem sem destino. E cada rio é mais que um simples carreiro... É a alma à solta na prisão dos momentos. Sim... no dia em que os versos, como os pássaros, não voam.

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