quinta-feira, 2 de abril de 2009

voaremos


voaremos por cima das rochas amarras que nos plantam no chão. o vento virá contra nós , remoinho de força cruel. toda a solidez será desfeita em terra. procuraremos então a essência dos sonhos perdidos. vasculharemos o pó para encontrar pequenos resíduos. vestígios do tempo em que não voávamos. e o vento não nos combatia. tentaremos talvez plantar de novo as rochas. na esperança de uma solidez perene.


foto de Ivan Krap

19 comentários:

  1. A essência dos sonhos...nos faz voar!

    Sua imagem deixou-me encantada!

    Um beijo carinhoso

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  2. Num voo sem atracção terrestre procuraremos a magnetização dos sonhos e entre os resíduos do tempo encontrar forças para voar contra o vento e pousar sobre as rochas planando sobre uma esperança eterna.

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  3. "procuraremos então a essência dos sonhos perdidos [...] tentaremos talvez plantar de novo as rochas. na esperança de uma solidez perene".

    Lindo texto, Marib. Sábias e belas palavras a compor uma solidez que se dispersa no ar.

    Beijos,
    H.F.

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  4. Tentaremos, talvez encontrar no mar,
    o rochedo sólido e habitável,
    que sempre foi nosso coração.
    alado.

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  5. Lindo texto, lindo blog cheio de preciosidades. Parabéns pelos seus textos tão encantadores e sensíveis.
    O adestrador de sentimentos.com

    oadestradordesentimentos.blogs.sapo.pt

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  6. Ai a nostalgia de tempos bons! Que precisam sempre de reinvenção para podermos reclamá-los mais uma vez!

    bjs


    :)))

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  7. ...na essência dos sonhos, as pedras vivas...e voaremos com o vento até encontrar a solidez de rochas...

    Gostei muito! Um beijinho

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  8. linda a percepção poética da força dos elementos primordiais...a conjugação do espírito e da natureza no seu ponto genisíaco.
    profundo e intenso o texto.

    beijinho,

    véu de maya

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  9. doce. é desta sutileza que gosto.

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  10. Bonita construção poética esta prosa. Plantemos, então, as rochas.

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  11. Pega na minha mão
    Carrega-lhe um jardim
    Cascata-lhe um beijo
    Perde-te em mim
    Talvez num poema sem fim
    Na correnteza do teu olhar
    Que nos meus olhos se faz mar

    Pega outra vez
    Sussura-lhe um verso mais
    Um pequeno trilho de abraços
    Onde morram os teus pés e nasçam teus passos
    Na força que me dás sempre o teu cheiro
    Teima em banhar-me os olhos...

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  12. Belíssimo o seu espaço e as escritas que o compõem. A natureza imagística de seus poemas é de uma preciosidade imensa.

    Parabéns, Mariab!

    Venho através do "HF diante do espelho". Estou linkando o seu blogger para melhor acompanhar sua bela poesia.

    Abraços,
    Maria Clara.

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  13. Há pensamentos que voam
    em ventos talvez inteligentes...
    que nos conduzem a uma alvorada
    de doces desejos incandescentes...


    Beijos...

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  14. quem sabe o dia não ganharemos asas...

    e então a humanidade será todos os horizontes.

    belíssimo texto. poético.

    beijos

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  15. Ganhamos asas ao soltarmos os sonhos. E sempre um sonho nos arrasta para o voo. Um belo texto.
    Beijos.

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  16. Esta solidez tão quista,tão venerável.
    Símbolo de uma humanidade perfeita ou quase.
    Não custa nada mesmo fabricar o desejo maior.

    Um carinho, Mariab.
    Continuemos...

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  17. *
    Saiba que é muito bom abrir minha
    página de recados e lá encontrar
    as suas palavras.
    Obrigada por seu carinho!
    Tenha uma excelente semana!
    Beijos
    *

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  18. Se superamos as rochas, dominaremos também o vento. Vencer, para o bem ou para o mal, é da natureza humana. E não há sonhos irrealizáveis.
    Um beijo!

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