quinta-feira, 25 de junho de 2009

naked eyes


romper a noite como se fosse fácil
transplantar o fogo no azul das veias
pôr giestas na lembrança do teu corpo
caminhar
pisar rastos tranquilos de esquecimento
correr no limite do mundo insuspeitado
esquecer
quanto dispo os olhos que desconheces.


foto de agatha katzensprung

10 comentários:

  1. Mariab,

    São olhos da noite
    acesos
    de uma imensa escuridão!...


    Beijos...

    ResponderEliminar
  2. Esquecer
    despir
    desconhecer
    para num novo olhar
    numa outra noite
    descobrir
    o corpo
    num abraço
    e lembrar
    com nudez
    o conhecimento

    de nós
    num transplante
    de veias

    ResponderEliminar
  3. despir o olhar. e uma infinita entrega...
    belíssimo poema.

    beijo

    ResponderEliminar
  4. "romper a noite como se fosse fácil"
    E saber que ficamos à entrada da noite cativos do amanhecer...
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  5. Muito bonito e bem escrito, este poema!

    Bjs

    ResponderEliminar
  6. Muito bom (como sempre)

    beijinho

    :))

    ResponderEliminar
  7. picar as pernas

    seguir às escuras

    aguçar os olhos

    esquecer a dor

    a trepar os caules

    todos,




    beijo




    ~

    ResponderEliminar
  8. E se o meu voar se fizesse à praia? Se aterrasse num manto de beijos e se desfizesse em pétalas de aromas de gente? Se pousasse nos seios femininos de mansinho e cantasse? Se inventasse uma nascente e criasse um rio? Se pintasse um novo luar por entre as brisas da noite que te prendem ao destino? Se pisassem cada pegada das fugas dos amantes? Se chorasse por entre o suor das saudades? Se fosse apenas passagem? Se o meu voar fosse meu, talvez a poesia morresse no meu peito para sempre...

    Um beijo para ti.

    ResponderEliminar
  9. O olhar da noite é gigante.

    Às vezes, luminoso.

    Às vezes, tenebroso.

    Beijinho.

    ResponderEliminar

Aqui disse de mim. Diz tu também...