segunda-feira, 1 de junho de 2009

mirror, mirror on the wall


deve haver uma essência
sob as camadas sobrepostas
ou talvez quase nada
leve traço sem nexo ou propósito
um projecto um esboço
carvão negro em risco incerto
por cada máscara inventada
cada rosto desenhado
na imagem que o espelho oculta


foto de Klaus Kosak

17 comentários:

  1. em cada traço há uma camada de vida,
    revelações mascaradas de nada,
    um rosto desenhado que se descobre
    na certeza do reflexo
    e em silêncio pergunta:
    sou eu?

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  2. Mascaro-me de bom poeta quando leio algo assim tão bem escrito...

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  3. Quantas vezes mentimos ao espelho!
    As máscaras existem para ocultar olhares cúmplices, para iludir emoções, para esconder o sorriso... para nos mentirmos a nós próprios!


    Beijos...

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  4. talvez apenas o "perfume" de uma imagem. volátil que seja...

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  5. Não somos o que pensamos porque nunca conseguimos ver-nos senão reflectidos.

    Conta a verdade da alma. E essa sim, sabemos-la bem.

    Beijinhos.

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  6. entre a forma e o reflexo,
    a transfiguração acontece na épura traçada.

    beijo

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  7. Lindo Poema...temos assim, em nosso rosto muitas marcas, traços de uma vida toda, algumas como você diz, esconde-se por trás de máscaras , escondendo de si mesmo seus segredos, mas nada pode-se esconder diante do espelho que revela todo reflexo de uma face em seu verdadeiro tempo.

    Bjo pra ti

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  8. Nós começamos ponte e tornamo-nos parede...reflexo do que em nós se transforma.

    A vida!

    Gostei muito.

    Beijo
    Francisco.

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  9. na imagem

    autónoma

    do que

    o-espelho-em-si

    oculta,



    beijo



    ~

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  10. Muito interessante este poema.
    Esteticamente, sem mácula.

    Beijoca

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  11. Somos facas
    de dois gumes
    farsas farras
    mascarras somos
    força e uma espessa
    margem de não ser
    ou ser

    Um carinho, Mariab.
    Continuemos...

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  12. Adorei o poema...lindoooooooooooooooo.
    Beijinhos
    Anad

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  13. leve e enigmático... apelando para a transcendência do ser... a fluir na espessura do efémero.carpe diem.

    beijinho,

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  14. Gostei muito. As imagens qu eutilizas são-me muito familiares. Sem o teu engenho usei-as também.
    Muito bom
    beijinho

    :))

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  15. o rosto diverso.


    o uno inteiro. porém tão múltiplo.



    ::::::::::::::

    o prazer de uma escrita inteira.



    o neu beijo.

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