A humanidade era espessa e pesada, pesada de carne, de sangue, de sofrimento, eternamente colada a si mesma como tudo o que morre.
André Malraux, in "Condição Humana"
sábado, 24 de janeiro de 2009
por trás da bruma
algures por trás da bruma dos prédios esventrados das gentes que a alma não sente
perdi-te ou perdi de ti o saber o sabor não encontro o caminho do teu ser e nem o dos teus olhos via aberta e estrada principal
perdi-me por entre escombros um mar de lixo à deriva sentimentos quebrados esfarrapados sentidos
Entendo alguma frustração/ tristeza que acontece quando nos perdemos de alguém. Há, porém, um valor que se sobrepõe a tudo o resto e relativiza essas perdas: NUNCA NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS! :)))
Como Morgana perdendo os poderes de dobrar a escuridão das brumas de Avalon, no reino de Merlim e da Deusa, o eu-lírico perde para si próprio em teu poema, Mariab. Uma imagem linda, performática, dotada de caos interior.
Falamos de uma cidade cheia. De passos apressados e de mãos que se procuram. De desencontros onde as vozes se confundem. De silêncios em demasia. Nem o teu sussurro me acordou. Tinha-me deixado cair num parede demasiadamente vazia. O meu corpo era uma folha à mercê do tempo. Os meus olhos rios feitos esgotos. Os meus braços apenas pó... Nesta cidade cheia não existem fotografias. Os passeios são baús a abarrotar de memórias e lágrimas. As estradas feitas labirintos assassinos. Não havia janelas. Muito menos portas. Nesta cidade de dentro da solidão só existo eu...
talvez volte
ResponderEliminarde olhos fechados,
forma una de ver,
beijo
~
Quem sabe, quando a bruma levantar...
ResponderEliminarPerder-se ou fugir...
ResponderEliminarUm abraço.
aqui não há escombros!
ResponderEliminarantes o assombro de quem se "sabe"....por fora das brumas!
abraço.
(obrigada)
Olá...
ResponderEliminarBela foto, belo poema...
Por trás da bruma, a poesia toda.
Abraços
Everaldo Ygor
talvez se nos acharmos
ResponderEliminarnão nos percamos mais!
beijo.
Entendo alguma frustração/ tristeza que acontece quando nos perdemos de alguém. Há, porém, um valor que se sobrepõe a tudo o resto e relativiza essas perdas: NUNCA NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS!
ResponderEliminar:)))
perder o sentir
ResponderEliminare
o sabor de quem se gosta
é
amar sem ter resposta
Como Morgana perdendo os poderes de dobrar a escuridão das brumas de Avalon, no reino de Merlim e da Deusa, o eu-lírico perde para si próprio em teu poema, Mariab. Uma imagem linda, performática, dotada de caos interior.
ResponderEliminarTua poesia me alimenta.
Um carinho sincero.
Continuemos...
A busca do eu
ResponderEliminarnos escombros dos outros?
Um beijo, bom domingo
quem ao menos uma vez não se perdeu? nos escombros de nós mesmo?
ResponderEliminarbelo e sensível poema.
beijos
Falamos de uma cidade cheia. De passos apressados e de mãos que se procuram. De desencontros onde as vozes se confundem. De silêncios em demasia. Nem o teu sussurro me acordou. Tinha-me deixado cair num parede demasiadamente vazia. O meu corpo era uma folha à mercê do tempo. Os meus olhos rios feitos esgotos. Os meus braços apenas pó... Nesta cidade cheia não existem fotografias. Os passeios são baús a abarrotar de memórias e lágrimas. As estradas feitas labirintos assassinos. Não havia janelas. Muito menos portas. Nesta cidade de dentro da solidão só existo eu...
ResponderEliminar_______________________________
ResponderEliminarPerder-se de alguém, mesmo estando próximo é a perda mais triste e irremediável...
Gostei demais do seu poema!!!
Beijos de luz e uma semana feliz...
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