"Aborreço-te muito. Em ti há qualquer cousa
De frio e de gelado, de pérfido e cruel,
Como um orvalho frio no tampo duma lousa
Como em doirada taça algum amargo fel"
Florbela Espanca, excerto de "Confissão"
"Estendo os braços meus! Clamo por ti ainda!"
*nos meus arroubos súbitos de Florbela
louca descontrolada
esbarro no aço das defesas do teu peito
"Eu grito a minha dor, a minha dor intensa!"
*em silenciosos ecos
que me jorram da boca
[mas até o silêncio te fere a luz dos olhos]
endureço o sonho, a dor, a raiva
frustrações insensatas
de quem de amor se alimenta
e o come
até à perpétua (in)satisfação
"Demais, nem eu talvez, perceba se o amor
É este perseguir de raiva, de furor,
Com que te sigo assim como os rafeiros leais"
** _____________________
De Florbela:
*excertos de "Aonde?..."
**excerto de "Quem sabe?!..."
Foto de kalua k krynska
Sempre bela a florbela.
ResponderEliminarAbraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
PS - não tentes decifrar os títulos, a menos que tentes decifrar as palavras que surgem aquando a moderação de comentários. Soam bem e escolho-as. Cada um com a sua pancada...
Miguel, essa é uma explicação que nunca me passaria pela cabeça... :))
ResponderEliminara.roubos....muito bem exposto....como flores dentro de um livro. que nunca secam.
ResponderEliminargostei. muito.
boa noite.
ser poeta é ser... Bela e ter poesia à flor da pele! beijã meu - estou a adorar-te!
ResponderEliminargostei imenso, sinceramente! mais um beijão, sem erro
ResponderEliminar:-)
isabel, paradoXos: feliz por terem lido e apreciado, estou a adorar ter-vos aqui.
ResponderEliminarMariab,
ResponderEliminarchego ao teu espaço e me alegro de poesia. De uma poesia séria e veraz. Obrigado pela presença no Clube. Desejo que uma amizade em letras e versos se instale a partir de hoje entre nossos recantos.
Um carinho.
Continuemos...
Germano: faço meu o teu voto. Abraço.
ResponderEliminar"Sabe" sempre ler reler a Florbela...
ResponderEliminar:))
Volta-me o amor em cada esquina
ResponderEliminarSolta-me os cabelos e afaga-me o olhar
Nos seus passos de menina
Vou morrendo mais um pouco sem cessar
Morrerei sempre por amor
Em lágrimas, em gritos, em soltos gritos!
E os meus versos serão de dor
E os meus passos interditos...
Aconchega-se assim no meu peito
Entre o suor e a saudade
Que do amor vive o vento e o leito
Que me faz ser poeta. E nunca é tarde!
Pedro: serás poeta, sempre. Obrigada.
ResponderEliminarvim e gostei.
ResponderEliminardestes arroubos confessados!
gostei muito. deste "desdobramento" de Florbela. feita "espessa humanidade"...
ResponderEliminarbeijo
maria josé, herético: gosto de vos ver aqui. e gosto que gostem. beijos
ResponderEliminarBelíssima escolha...
ResponderEliminarAprecio demais as poesias da Florbela, que com maestria falava do amor e da alma!
Uma semana maravilhosa para você!
Obrigada por sua visita!
Beijinhos
Tatiana: Florbela foi a minha primeira introdução à poesia. Depois dela, tantos entraram na minha vida... Mas é bom regressar, de vez em quando. Obrigada pela visita. Beijo
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