não é este o tempo de tentar ver para além da árvore. concentro-me no verde que tapa o horizonte. na gota de chuva que pende da folha. não é este o tempo de voar para lá da árvore. as asas estão presas à terra por fios leves, leves… pensei que podia quebrá-los. têm a firmeza do pensamento. só se quebrarão quando se dissolverem no húmus antigo. dele brotará um novo tronco de mim. e dele as folhas. e dele a libertação das asas. para lá da árvore.
foto de Darius Klimczack
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[Agradeço a amizade e a gentileza da Hercília Fernandes. Este prémio é para todos os amigos que me visitam. Obrigada.]
... que bonito!
ResponderEliminar... vale sempre a pena pensar... valerá a pena espreitar para além dos galhos... à espera dum novo tronco... mas sem esquecer o solo onde nos plantámos...
A libertação das asas: o fascínio de voar para além do quotidiano.
ResponderEliminarBelo texto. Um beijo.
Pois por vezes admirar a árvore, só ela, é um exercício muito bonito. Já o fiz. Depois vê-la na floresta, também é interessante e finalmente pensar em nós, como se fossemos uma e das raízes que poderemos deixar, mesmo quando o nosso tronco não é mais do que isso mesmo, um tronco morto.
ResponderEliminardis
ResponderEliminarsolução
~
(beijo
não. não é este o tempo. ainda.
ResponderEliminaré tempo de abraçá-las. apenas.
beijo.
A libertação in vitro, in seiva.
ResponderEliminarAo seu tempo.
Como sempre, gostei muito.
Beijinho
Ainda,
ResponderEliminar"não é este o tempo de tentar ver para além da árvore"
Gostei muito!
muito belo o teu texto...percepção profunda de relações bem eternas.
ResponderEliminarbjinho
véu de maya
que brotem então novos gomos. e se soltem novos voos. que são os fios leves os que mais prendem...
ResponderEliminardoe de tão belo!
beijo