quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

insanidade



no tempo em que as pedras brilhavam
à transparência dos teus olhos de luar
achava no teu corpo abrigo eterno
escavado nas rochas onde nasci
e a tua voz era eco dos primeiros sons
no labirinto da memória


até que o sopro inesperado
do vento agreste dos teus passos
me arrastou em dor e sangue
e desatou o fio que me prendia
à ténue ilha da insanidade


foto de venedict cristina

12 comentários:

  1. desejos,
    e ventos
    em utopias intemporais.

    serão as lágrimas (in)sanas?

    Belíssimo poema.
    obrigado

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  2. maria b
    Ok. Ok. Ok.
    Já se percebeu que gosto de ler o que escreves. Hoje não é excepção!
    Mas.... Tcharannnnn
    O que eu quero hoje é:
    clap clap clap pelo teu comentário lá no branco no branco... Até respondi! Muito gosto eu do sentido de humor eheheh
    beijinho
    :))

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  3. MARIAB

    Começo pelo silêncio com que se aprecia tudo quanto é belo e em que vamos beber algo para nos ensinar e tornar maiores. Mesmo que se não ouça, em mim, primeiro, houve o silêncio.

    ... a ilusão pinta-se de transparente e nós somos brilhantes - talvez dum branco :) muito brilhante - até que o tempo nos mostre que amar também é insanidade.

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  4. Para o amor verdadeiro, aquele que dói na gente, não há meio termo. Ou ele é bom ou ele é ruim. Ódio é a outra face do amor, sua consequência atirada em caos.

    Tua poesia é cativante, Mariab.
    Um carinho.

    Continuemos...

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  5. Mariab


    amar pode ter muita insanidade, muita loucura pelo meio, sim.

    Só o vemos quando a distancia permite perspectivar.

    E depois escreve-se com toda esta beleza...

    beijo

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  6. Que os ventos soprem levando ao seu coração Poeta, muita paz e muito amor.
    Desejo um belo final de semana para você!
    Um beijinho carinhoso!

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  7. belíssimo poema. no coração do vento agreste.

    beijos

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  8. amar é pura branca verde coragem

    (( coragem não é loucura é a outra coisa

    que

    que enloucresce ( assim ~~











    ~

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