terça-feira, 3 de março de 2009

das pontes sobre rios cinzentos


...mas se ainda queres falar de cidades
volto hoje aos recantos de outrora
colados na memória
aos mistérios de cada caminho
e das gentes que neles amaram
e viveram
e morreram
falo daqueles que teceram lendas
que te assombram as noites de néon
volto às pontes sobre rios cinzentos
às luzes antigas que nelas se acendem
talvez me encontres do lado de lá
se ainda quiseres falar de cidades…


foto de Tomasz Zubowski

15 comentários:

  1. podemos falar da existência que as preenche?

    como estas belas palavras?

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  2. Excelente imagem e texto.

    um abraço

    secreto segredo

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  3. Se ainda quiseres falar de cidades falar-te-ei das memórias que nelas acendemos, das ruas percorridas numa vida, das pontes que ligaram sentimentos. Se ainda quiseres falar de cidades… talvez me encontres nos rios cinzentos nadando contra a corrente.

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  4. Podemos inventar cidades?

    Podemos destecê-las e voltar a tecer noutra ponte mais aquém?



    Beijo

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  5. Belo texto, Mariab. Subjetivismo profundo e lirismo apuradíssimo. Parabéns!

    Forte abraço,

    H.F.

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  6. Soberbo este poema.
    Beijos

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  7. pontes que são capilares das cidades que inventas. e povoas de palavras belas.

    beijo

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  8. falar de cidades é como ficar noites inteiras ao relento.



    um beijo.

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  9. Muito bem!
    Gostei. Sem reservas.


    Cumprimentos

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  10. Sei que um dia irei descansar sobre as águas do rio ou nas suas margens... Cansado, deixar-me-ei sorrir a esse destino finalmente anunciado. Levarei os braços aos céus. Erguerei minha voz ao vento e assim se dará a partida... No encalço do sossego por entre as memórias. Para onde vão as histórias quando acabam? Não quero ir para lá.

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  11. O ponto exato entre mistério e clareza tem o teu poema, Mariab.

    E quantas coisas hão de estar escondidas numa simples conversa! Quantas...

    Belíssimo.
    Mi piace!

    Um carinho.
    Continuemos...

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  12. Bom fim de semana interpontes, incidade :)

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  13. Passando e relendo...

    Um carinho, Mariab.
    Continuemos...

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